Em suas declarações ao Delegado Noel Egídio de Souza, enviado pela 22ª Coordenadoria de Polícia, em virtude da ausência do Delegado local, no momento do fato, Sebastião contou que por volta das 09:30h da manhã encontrava-se em seu escritório, juntamente com o seu irmão, advogado e vereador Paulo Nogueira quando foi comunicado pelo pai de dos ciganos, que estes estavam sendo abordados por policiais da Caesg, tendo sido solicitado para saber os motivos da referida operação. Ele disse que se deslocou com o seu irmão Paulo até a frente do Fórum onde se identificaram verbalmente, procurando saber quem era o comandante daquela operação a fim de saber o que estava ocorrendo, quando o referido comandante botou as mãos nos peitos de seu irmão Paulo de forma agressiva e o empurrou para que ele se afastasse.
Diante da forma, como foram tratados os dois advogados resolveram adentrar no Fórum e comunicar a Juíza o que estava acontecendo na porta do Fórum e ao retornarem o veículo e as duas pessoas já haviam sido conduzidos para a Delegacia.
De posse dos documentos do veículo apreendido pelos policiais e já na condição de advogados dos rapazes, os irmãos advogados foram até a Delegacia onde apresentaram os documentos e procuram saber o motivo das conduções e mais uma vez foram empurrados e agredidos verbalmente pelo comandante Netercio que os teria chamado de "advogadozinhos de bosta e de porta de cadeia" e que ao tentar retirar sua carteira da OAB e explicar, que ali estavam representando os dois rapazes ciganos, pedindo que lhe respeitasse, o comandante veio em sua direção com dois policiais tendo um deles lhe segurado pelo pescoço e o outro pelo braço tendo conseguido soltar-se para em seguida receber voz de prisão sob a acusação de desacato.
Ao tomarem conhecimento do episódio vários advogados, entre eles o presidente da OAB - Subseção de Guanambi, Dr. Marco Antônio Junger, deslocaram-se para aquela cidade a fim de acompanharem o caso e informarem o triste episódio as autoridades locais. Dr. Sebastião foi liberado logo após prestar as suas declarações.
Em entrevista a Radio Cultura de Guanambi nesta segunda-feira, o presidente da OAB afirmou que a entidade já está tomando todas as medidas de ordem criminal e administrativa que o caso requer. Segundo ele o fato também está sendo comunicado oficialmente ao Conselho estadual e federal da entidade.
Recentemente a CAESG esteve envolvida em outro episódio até agora não muito bem esclarecido que culminou com a morte de um rapaz que supostamente teria cometido suicídio no momento em que os policiais cercaram a sua casa, por volta das seis horas da manhã, no município de Candiba.
Atendendo uma solicitação do Farol da Cidade o jornalista Juscelino Souza da sucursal do Jornal A Tarde, em Vitória da Conquista, manteve contato com o comandante da Caesg, Major Ivanildo Silva, que disse está em trânsito e solicitou que o jornalista procurasse pelo capitão Edmário na sede da corporação, em Vitória da Conquista. O atendente da Caesg informou por telefone que o capitão não se encontrava na unidade policial. "Num segundo contato fomos informados de que o referido capitão estava ocupado, dando instrução à tropa e que não poderia nos atender", informou Juscelino ao Farol da Cidade.