terça-feira, 14 de outubro de 2008

Bando preso com cobras e 50 kg de erva


Cinqüenta quilos de maconha "vigiados" por duas cobras jibóia, uma carabina, três seringas, um computador e munições de armas dos calibres 38, 40 (restrito à polícia) e 22 foram encontrados na segunda-feira, 13, no subsolo de uma casa em Pirajá. A droga estava enterrada e coberta por uma tampa de madeira, onde ficavam as cobras para inibir possíveis interessados. Os animais serão encaminhados ao Ibama.
Após três meses de investigação, a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) acredita ter desarticulado quadrilha que também praticava assaltos a carros-fortes e bancos. Itamar Ataíde Miranda, 31 anos, Geisa Costa Silva, 18, Franklin Miranda Cerqueira, 36, e Tiago Silva de Assis, 24, estavam no imóvel onde funcionava a academia de ginástica de Franklin.
Segundo o titular da DRFR, Antônio Cláudio Oliveira, o grupo utilizava o tráfico de drogas para a lavagem do dinheiro adquirido nos assaltos. Itamar já foi preso na unidade em 1997 e é o único com passagem pela polícia por delitos como assalto a carro-forte, banco e homicídio.
Todos os autuados negam o envolvimento. O ambulante Itamar alega que freqüentava o local há seis meses. "Estava chegando. Me pegaram porque já fui preso". Ele cumpriu pena no presídio por sete anos e estava em liberdade condicional.
De acordo com o dono da academia, Franklin, que também foi autuado por posse ilegal de arma, há um acesso ao subsolo que permite a entrada de qualquer pessoa. "A entrada é feita pela rua. Lá eu só guardava resto de construção e coisa velha".
Dentre os detidos está a estudante Geisa, que trabalha no bar e lanchonete do namorado Franklin, que funciona ao lado da academia. "Eu estudo de manhã e cuidava da lanchonete à tarde. Não tenho envolvimento com drogas". Também acusado de pertencer à quadrilha, o taxista Tiago Silva se disse surpreendido. "Cheguei para malhar, me mandaram deitar no chão e me trouxeram sem perguntar".