Na tarde desta segunda-feira dia (21/07), movidos por uma denúncia anônima, uma equipe da Prefeitura Municipal de Caetité, formada pelo Controlador Interno Luciano Dias Gomes, pelo Chefe da Divisão de Tributos Valeriano Silveira e pelo Secretário de Administração e Finanças, Rômulo David, foi até a torre de TV instalada no alto do morro e constatou que um imóvel da Prefeitura estava sendo utilizado para abrigar equipamentos da Rádio Star FM de propriedade do vereador Álvaro Montenegro (Nem de Dácio). Além de utilizar de forma irregular o imóvel público a emissora usava a energia da Prefeitura, roubada de um padrão situado no imóvel ao lado, através de um “gato” de energia feito com um cano enterrado que levava os fios elétricos até a rede. Após a descoberta, os representantes da Prefeitura Municipal acionaram a Polícia Militar e a Câmara de Vereadores que se dirigiram para o local a fim de testemunhar o fato. Para surpresa de todos, o vereador Álvaro Montenegro (Nem de Dácio), proprietário da emissora chegou ao local, apoderando-se de forma autoritária dos equipamentos apreendidos e diante dos olhos dos policiais militares, do Presidente da Câmara e das testemunhas presentes, resistiu a medida policial, levando-os no carro de sua propriedade e, evadiu-se do local, levando consigo um transmissor FM e um receptor de link. Para escapar da tentativa dos policiais em recuperar os objetos, o vereador teve que passar com o veículo por dentro do mato, colocando em risco a sua própria vida e das pessoas presentes.Após o fato, foi lavrada ocorrência na Delegacia de Polícia, perante a qual o vereador deverá ser investigado pela prática dos crimes de: Furto qualificado porque agiu com destreza (Art 155, parágrafo 4º, inciso II do Código Penal que prevê pena de reclusão de 2 a 8 anos e multa); Crime de Resistência (Artigo 329 do código Penal – que prevê pena de 2 meses a 2 anos de prisão), podendo ficar inelegível caso seja condenado.A Prefeitura de Caetité informou ainda que município vai propor o ressarcimento pelo dano causado ao erário público e o ato indigno do vereador, incompatível com a função que exerce pode resultar em perda de mandato através de impeachemeat.
