
"O mundo mudou de cor, tenho novas sensações que ainda desconhecia e uma nova forma de pensar. Estou mais forte e poderosa que antes...com energia dobrada, o universo tá sorrindo pra nós.” Foi com esse espírito de reflexão que a atriz Daniele Suzuki, 33 anos, grávida de quatro meses, postou em seu blog nesta segunda, 21, fotos em que aparece meditando em Palm Beach Gardens, nos Estados Unidos. Ela viajou para fazer o enxoval do filho, Kauai.
E esse momento introspectivo como o de Daniele é mesmo comum a toda mulher que está esperando um bebê. Um turbilhão de dúvidas, alegrias e preocupações passam pela cabeça, ainda mais quando a hora do parto está se aproximando. Meditar já foi comprovado cientificamente como um benefício nessa fase. Um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que a prática ajuda a reduzir o nível de ansiedade e estresse nas grávidas.
Os pesquisadores analisaram 169 grávidas. Dessas, 30 foram estudadas durante o segundo e terceiro trimestre de gestação. Elas foram divididas em dois grupos. O primeiro praticou a meditação e o outro, não. Além do exercício, elas também foram avaliadas com um questionário psicológico, que indicaram níveis de ansiedade, depressão e bem-estar.
O resultado mostrou que as futuras mães que não se exercitaram ficaram mais preocupadas e ansiosas. No físico, as meditadoras também tiveram vantagens em relação ao outro grupo: a tensão muscular diminuiu.
De acordo com Roberto Cardoso, autor do estudo e ginecologista e obstetra da Unifesp, a meditação tem um papel ainda mais importante no começo e no fim da gestação, porque é o período em que a mulher fica mais ansiosa. “Essa prática é ótima para as gestantes. Como alguns remédios devem ser evitados nessa fase, a meditação faz esse papel, controlando o estresse e deixando-as mais calmas na hora do parto”, diz. As mulheres que tomam remédios por conta de problemas psicológicos devem consultar o especialista antes de praticar a meditação.