quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Policial pode ter sido morto numa tentativa de resgate de presos

O chefe do serviço de investigação da delegacia do município de Caetité, Miguel José de Almeida, 53 anos, foi assassinado com vários tiros na unidade em que era lotado há cerca de oito anos. O crime foi cometido, anteontem à noite, por dois homens que chegaram à unidade policial para registrar uma falsa queixa de acidente de trânsito. Almeida chegou a ser socorrido por colegas, mas morreu pouco depois de ser atendido no Hospital de Base da cidade vizinha de Guanambi.
A morte de Miguel está sendo investigada pelo delegado titular da unidade em exercício, José Carlos Lopes dos Santos, que não descarta nenhuma hipótese para o crime, inclusive a de tentativa de resgate de presos. Na fuga, os bandidos deixaram para trás uma sacola contendo alicates e outras ferramentas, que, segundo policiais, seriam destinadas para quebrar as grades das celas.
Uma outra hipótese ventilada é a de vingança, já que o agente recentemente realizou importantes prisões que culminaram na desarticulação de quadrilhas de traficantes daquele município. De acordo com as apurações, os assassinos já foram identificados, mas seus nomes estão mantidos em sigilo para não comprometer as investigações, já que a policia no comando das investigações está também o brilhante delegado Dr. Emanuel e coordenador Dr. Elvio, que em tempo recorde, irá solucionas este caso. Segundo agentes da delegacia, Miguel estava de plantão na unidade, juntamente com um colega responsável pela carceragem, quando dois homens chegaram à delegacia, por volta das 22h. Os dois bandidos disseram que tinham acabado de sofrer um acidente de veículo e que queriam fazer o registro da ocorrência. No momento em que Almeida deu às costas para providenciar o registro da queixa, um dos bandidos atirou contra ele. "Ele chegou a gritar: não faça isso!. Em seguida, os dois efetuaram vários outros tiros", contou uma das testemunhas que não quis ter o nome revelado com medo de represálias.
Mesmo gravemente ferido, Miguel ainda chegou a sacar sua arma e disparar contra os bandidos, que conseguiram fugir. Na hora do tiroteio, o agente carcerário que também estava de serviço na unidade se protegeu entre os armários da delegacia que ficaram todos perfurados pelos tiros. A notícia de que havia troca de tiros na unidade levou policiais militares da cidade e de regiões vizinhas ao local.
Miguel era casado e pai de dois filhos. Ele estava na Polícia Civil há cerca de 15 anos.